Paintball vira febre em Campo Grande e atrai cada vez mais adeptos

O Paintball está virando febre em Campo Grande: grupo no Facebook de empresa do jogo na Capital reúne mais de dois mil membros. Não são poucos os que são amantes da prática, a ponto de gastar mais de mil reais em equipamento e jogar todo fim de semana. Outra batalha relatada pelos jogadores é fazer a namorada gostar do jogo, ou ao menos se acostumar.

Válvula de escape

“Radical. Uma válvula de escape para os problemas da vida. Quando você está jogando esquece tudo”, é assim que o empresário Max Delmiro, de 28 anos, define o Paintball. Jogador há um ano e três meses, o empresário guarda seu domingo para a prática. A paixão é tanta que Max já gastou cerca de dois mil reais com equipamento.

Quando o Paintball começou a fazer parte da vida de Max, as brigas com a namorada surgiram. “Ela reclamava muito no começo, mas agora já se acostumou”, revela. Larissa Alves dos Santos concorda. “Ele tentou me arrastar, mas só fui uma vez, para assistir. Tivemos realmente muitas briguinhas por causa disso, mas agora já passou”, garante a namorada.

Estilo de vida

Tecnólogo em Redes de Computadores, Adriano Scandola, de 37 anos, pratica o esporte há sete anos, pelo menos uma vez por semana, quando se reúne com os amigos para jogar. Ele define o Paintball como mais que um esporte.

“Para mim, hoje, o Paintball é hoje um estilo de vida, um esporte que adotei e que procuro fazer com toda dedicação e empenho possível. É algo que desenvolve em você muitas habilidades como espírito de equipe, liderança, estratégia”, lista.

Jogador assíduo, Adriano estima ter gastado ao longo do tempo cerca de quatro mil reais em equipamentos. “Com o tempo você mergulha de cabeça no esporte e começa a adquirir todo o equipamento necessário para sua prática como marcadores, máscaras, fardas entre outros”, explica.

Adriano afirma não ter tido problemas com a namorada por causa do jogo. “Nunca brigamos por isso. Às vezes ela até me acompanha nos eventos. Mas nunca jogou, tem medo”, ri. O tecnólogo ressalta que existem várias mulheres de amigos que também jogam.

Novas amizades

O publicitário Paulo Vitor Girelli, de 27 anos, joga há três anos. No começo jogava apenas duas vezes por mês, mas há dois anos joga todo fim de semana, pois adquiriu equipamento próprio. “Investi entre mil e mil e trezentos reais e comprei equipamento de qualidade completo: marcador, máscara, cilindro, loader e os pods”.

Paulo vê o Paintball como válvula de escape e palco de novas amizades. “Na modalidade que jogo, a confiança no parceiro de jogo é primordial, fiz muitos amigos no Paintball”, destaca o publicitário.

O jogo chegou a ser pedra no sapato em casa. “Minha filha nasceu quando comecei a jogar. No começo minha mulher achava ruim. Agora ela já não se importa tanto, mas tudo dentro dos limites”, explica.

Fabianny Sanches, de 20 anos, conta que desde o começo ele insistiu para que ela fosse jogar. “Ele queria que eu entrasse no time das meninas que tinha lá”. Ela lembra que o início da relação foi marcado por brigas por causa do Paintball.

“Brigávamos toda semana porque ele ia jogar. Eu sempre tentava programar algo pra fazermos, mas ele estava sempre derretendo de sono e não cooperava”. Com o tempo, os três foram se entendendo. “Demorei um tempo para me adaptar, me sentia muito sozinha, talvez eu tivesse mais raiva do jogo por causa disso”, analisa.

Hoje o problema está resolvido, Fabianny sai de casa no sábado e Paulo Vitor cuida da casa, no domingo ela fica em casa e ele vai jogar. “É necessário na relação ter momentos de liberdade, uma atividade diferente que faz bem para os dois e para a saúde”, conclui.

Operação Cavalo de Aço

Em dezembro será realizada em Campo Grande a terceira edição de evento que reúne jogadores de todo o País: Operação Cavalo de Aço. “Terá jogos de 24 horas de duração, em mata, construção com suporte aéreo de helicóptero. No ano passado reuniu 160 jogadores e foi considerado um dos maiores eventos de paintball do Brasil”, conta Paulo.