Produtor denuncia abate de gado em propriedade de Amambai

Um produtor rural que tem propriedade próxima a uma aldeia do município, procurou a Polícia Civil, em Amambai, nessa sexta-feira, 19 de abril, para denunciar abate de gado, possivelmente praticado por indígenas.

Pelas marcas na carcaça do animal, uma novinha da raça nelore, de quatro anos de idade, prenha e pesando aproximadamente 500 quilos, a rês foi morta com requintes de crueldade, como estocada de facas e golpes de facão ou foice na cabeça.

A carcaça do animal, que segundo o proprietário estava avaliado em cerca de R$ 2 mil reais, foi encontrada na manhã dessa sexta-feira pelo capataz da propriedade rural, que está situada às margens da Rodovia MS-289, trecho que liga Amambai a Jutí, a aproximadamente 17 quilômetros da cidade, em Amambai.

Ladrões levaram somente os quartos

Uma das características que apontam para indígenas como os responsáveis pelo abate do animal, além da forma que foi realizada, é que os ladrões levaram apenas os quartos, ou seja, a parte que tem maior volume de carne.

As suspeitas são que os responsáveis pelo abate do animal sejam indígena da Aldeia Limão Verde, situada próxima a propriedade rural, que já registrou casos semelhantes tempos atrás.

Casos frequentes

Abates de gado e furto em propriedades rurais circunvizinhas a reservas indígenas ocorrem com freqüência na região Cone Sul do Estado, em Mato Grosso do Sul.

Em passado recente propriedades rurais situadas nas proximidades da Aldeia Taquapery, em Coronel Sapucaia sofriam com o grande número de abates.

Os casos diminuíram bastante com a saída de um grupo de indígenas que mantinha acampamento dentro da reserva e deixaram o local para invadir uma fazenda da região.

Na região da Aldeia Tey Kuê, em Caarapó, os abates de gado e furtos em propriedades rurais vizinhas também acontecem com grande freqüência, feito que tem gerado vários boletins de ocorrência na Delegacia daquele município.

Recentemente um adolescente indígena acabou morto com um tiro disparado por um produtor rural, quando, segundo a defesa do produtor, furtava peixe de um açude utilizada para piscicultura.

A propriedade rural, de 70 hectares foi invadida por um grupo de indígenas logo em seguida ao fato e o proprietário, um homem de 61 anos, que desde os 4 anos de idade residia sobre as terras, foi expulso de casa com a roupa do corpo, segundo a advogada do produtor.

(Fotos: Divulgação)

 

 A Gazeta News