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| I Conferência Municipal do Meio Ambiente de Porto Murtinho, realizada terça-feira, 2, no Cine Teatro Ney Machdo Mesquita, reuniu autoridades, ambientalistas e representantes da sociedade e órgãos públicos para reforçar os principais pontos das políticas públicas e responsabilidades civis de sustentabilidade. Com o tema “Vamos Cuidar do Brasil”, ancorado nos apelos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, os participantes deram ênfase a questões conjunturais do país e demandas locais, entre as quais a necessidade de investir em novos sistemas de coleta e tratamento do lixo, na limpeza e proteção dos mananciais e no envolvimento da população por meio dos conselhos e demais colegiados e organizações de controle social.
Aberta com a música “Águas”, de Guilherme Arantes, interpretada por Rodrigo Moraes, a conferência contou com a presença do prefeito Heitor Miranda dos Santos (PT); secretário municipal do Meio Ambiente, Antonio Rosa Cabral, e o adjunto Dhiego Conrado Ribeiro; vereador Fábio Santos (PT); comandante do destacamento da Polícia Militar Ambiental, tenente Luís Clemente de Souza; os palestrantes Rodney de Arruda Mauro, da Embrapa Campo Grande; João Mendes Silva Jr, técnico do Imasul (Instituto Estadual do Meio Ambiente) e coordenador de Gestão de Resíduos do Cone Sul. Também atuaram no cenário de debates o técnico Felipe Sampaio Filho e a engenheira ambiental Regina Duarte, destacando-se ainda os acadêmicos de Biologia e estudantes da localidade paraguaia de Carmelo Peralta, onde o sistema de ensino incluiu no currículo aulas sobre o meio ambiente. “Um dado importante a registrar é que as questões e conclusões desse debate serão abordadas nas conferências estadual e nacional, por meio dos delegados locais que serão escolhidos”, explicou o secretário Antonio Cabral. Ele disse que o Município está localizado em área suscetível a problemas ambientais. Além da intensa visitação turística, região de forte potencial pesqueiro, também é cercada por rios e mananciais que precisam de proteção constante. Nesse contexto, surgem outras demandas, como a destinação e o tratamento do lixo doméstico”, descreveu Cabral. O prefeito Heitor Miranda reafirmou a preocupação com os desafios pontuais e conjunturais. Citou providências que está tomando para dar soluções a curto, médio e longo prazo para alguns problemas, entre os quais a limpeza ás margens do Rio Amonguijá, a construção de aterro sanitário em lugar mais alto, a criação de alternativas de emprego e renda com a reciclagem de produtos como pneus e plásticos. Um jovem murtinhense, inclusive, apresentado por Heitor, já trabalha no reaproveitamento de pneus. “Resíduos sólidos podem ser reaproveitados para gerar emprego e renda”, acentuou o prefeito. “Nossa administração olha com muita atenção para essa questão. Agora mesmo a prioridade é acabar com o lixão às margens do Amonguijá, um lugar muito complexo no ponto-de-vista de preservação ambiental e de visualização, um cartão postal. As famílias do antigo lixão também precisam de seu lugar definitivo para viver em segurança e com saúde. Não basta cuidar somente do lixo, é preciso enxergar as demandas humanas e sociais ao redor, demandas de saúde, higiene, moradia, lazer, emprego, qualificação”, afirmou. “Sustentabilidade não é apenas ambiental. É preciso atentar para a sustentabilidade laboral, domiciliar, profissional”, completou. |
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| Fonte: Toninho Ruiz | ||