Mais Médicos: consultas crescem 20,6% nos municípios sul-mato-grossenses

Em menos de um ano, o Programa Mais Médicos já impacta na assistência à população dos municípios de Mato Grosso do Sul. Levantamento feito pelo Ministério da Saúde em municípios que participam do programa aponta crescimento de 20,6% no número de consultas realizadas nas unidades básicas de saúde. Em janeiro de 2014, foram contabilizadas 103.222 consultas no estado contra 85.589 no mesmo período do ano anterior, quando à população ainda não contava com o reforço dos profissionais do Mais Médicos.

Por meio do Programa, o estado de Mato Grosso do Sul ampliou em 196 o número de médicos atuando na atenção básica de 61 municípios e um distrito indígena. O Ministério da Saúde atendeu 100% da demanda por médicos apontada pelos municípios sul-mato-grossenses e superou a meta inicialmente estabelecida.  Atualmente, o Mais Médicos garante assistência médica nas unidades básicas de saúde para 676 mil pessoas no Estado.

Os impactos do Programa em Mato Grosso do Sul foram apresentados pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, durante o Seminário Mais Médicos para o Brasil, Mais Saúde para os Brasileiros, realizado em Campo Grande nesta sexta-feira (30). O evento reuniu prefeitos e secretários de saúde do estado. “Temos a convicção de que não é possível promover melhorias na saúde pública sem médicos. O Mais Médicos exerce papel fundamental para promover o vínculo entre os profissionais e a população e melhorar a assistência para os brasileiros”, ressaltou Arthur Chioro.

Esse é um dos vários seminários a serem realizados pelo governo federal em todo país para debater com gestores públicos os primeiros impactos do Mais Médicos na assistência da população que vive nas cidades beneficiadas pela iniciativa. Levantamento feito pelo Ministério da Saúde em mais de dois mil municípios que contam com pelo menos um médico do Programa servirão de base para essa discussão. São dados dos sistemas de acompanhamento da atenção básica (Siab e eSUS), alimentados pelas secretarias de saúde de todo o país.

MAIS ASSISTÊNCIA – No estado de Mato Grosso do Sul, além do crescimento de 20,6% no número de consultas, observou-se a redução de 32,7% no número de encaminhamentos para hospitais, que passou de 284 em janeiro de 2013 para 191 em janeiro deste ano, o que indica uma maior resolubilidade na Atenção Básica. Também houve aumento significativo de 34%, no número de atendimentos em saúde mental, passou de 3.503 para 4.694, 30% no número de consultas por demanda imediata (17.926 para 23.328), 15% no atendimento de pré-natal (6.927 para 7.974), e aumento de 13,9% no atendimento à pacientes com diabetes, saindo de 8.886 em janeiro de 2013 para 10.125 em janeiro de 2014.

Em todo o país, o número geral de consultas realizadas na Atenção Básica cresceu quase 35% no mesmo período – foram 5.972.908 em janeiro de 2014 contra 4.428.112 em janeiro de 2013. Entre esses atendimentos, teve destaque o de pessoas com diabetes, que aumentou cerca de 45% – passou de 587.535, em janeiro de 2013, para 849.751 em janeiro de 2014. Os atendimentos de pacientes com hipertensão arterial aumentaram em 5% no mesmo período, e as consultas de pré-natal, em 11%. O encaminhamento a hospitais diminuiu em 20%, passando de 20.170 para 15.969.

O governo federal já superou a meta de levar médicos para os municípios de todo o país que aderiram ao Programa Mais Médicos. Atualmente mais de 14 mil profissionais atuam em cerca de 4 mil cidades. A maioria (75%) dos médicos está em regiões de grande vulnerabilidade social, como o semiárido nordestino, periferia de grandes centros, municípios com IDHM baixo ou muito baixo e regiões com população quilombola, entre outros critérios de vulnerabilidade.

MAIS MÉDICOS – Lançado em julho de 2013 pela presidenta Dilma Rousseff, o Programa Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, com o objetivo de aperfeiçoar a formação de médicos na Atenção Básica, ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país e acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde.

 Os pofissionais do programa cursam especialização em atenção básica, com acompanhamento de tutores e supervisores. Para participar da iniciativa, eles recebem bolsa formação de R$ 10,4 mil por mês e ajuda de custo pagos pelo Ministério da Saúde. Em contrapartida, os municípios ficam responsáveis por garantir alimentação e moradia aos participantes.

Além da ampliação imediata da assistência em atenção básica, o Mais Médicos prevê ações estruturantes voltadas à expansão e descentralização da formação médica no Brasil. Até 2018, serão criadas 11,4 mil novas vagas de graduação em medicina e mais de 12 mil novas vagas de residência médica.