O próprio ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), tem procurado os parlamentares mais próximos para externar o efeito devastador que a medida causará se for aprovada por deputados e senadores. A redução é defendida pelo relator da Comissão Mista de Consolidação da Legislação Federal, senador Romero Jucá (PMDB-RR), e ganhou a simpatia de parte dos membros do colegiado.
Além de Alves, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, também foi escalada pela presidente da República, Dilma Rousseff, para negociar a derrubada dessa proposta nos plenários do Senado e da Câmara dos Deputados. Hoje, Gleisi se reunirá com os líderes do governo no Senado e no Congresso, Eduardo Braga (PMDB-AM) e José Pimentel (PT-CE), respectivamente, e com Jucá para negociar a manutenção da alíquota patronal em 12%.
Em demonstração de que o discurso do governo está afinado, o Secretário de Políticas de Previdência Social, do Ministério da Previdência Social, Leonardo Rolim, se posicionou contrário a redução da alíquota durante audiência pública no Congresso. “Isso não vai contribui r para a formalização dos empregados sem carteira assinada”, disse ele.