Gaeco investiga licitação de contrato de R$ 350 mil de prefeitura em MS

A operação Layout realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) nesta quarta-feira (17) investiga o processo de licitação de um contrato de R$ 350 mil da prefeitura a prefeitura de Itaporã, distante 231 quilômetros de Campo Grande, com uma agência de publicidade.

O prefeito Wallas Milfont (PDT) nega eventual direcionamento do contrato. O gestor disse que a prefeitura decidiu anular a licitação antes mesmo de ser finalizada por causa das investigações.

“O processo não houve execução. Não houve gastos, não foi pago nenhum real em dinheiro público referente a agência, então não houve prejuízo”, defendeu o prefeito.

Mas o coordenador do Gaeco, promotor Marcos Alex Vera, diz que as investigações apontam o contrário. “A princípio, o contrato investigado está em R$ 350 mil. Mas isso que está sendo investigado é a licitação, não quer dizer que o desvio seja de R$ 350 mil e sim o montante do contrato”, afirmou.

Segundo o promotor Romão Avila Milhan Júnior, que está à frente da investigação, foram encontradas irregularidades quando o processo ainda estava sendo criado.

“Há provas de que desde o início essa empresa seria a contratada, como se fosse uma carta marcada para a contratação de uma empresa em específico, independente de concorrentes”, explicou o promotor.

Os promotores procuraram documentos para investigar contratos com suspeita de fraude entre a prefeitura e uma agência de publicidade. Além de Itaporã, documentos foram apreendidos emDourados e em Campo Grande, nos prédios da agência de publicidade que tinha contrato com a prefeitura.

A operação integra as investigações sobre fraudes em três contratos de publicidade firmados em 2014. A investigação começou em novembro do ano passado a partir de uma denúncia de uma outra empresa que perdeu a licitação.

Fnte: G1