Em MS, 85% das escolas públicas aderiram à paralisação, diz Fetems

A Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educaçãode Mato Grosso do Sul) divulgou que 85% das escolas do Estado, incluindo rede estadual e municipais, aderiram à paralisação neste dia nacional de protesto pela educação pública. Já o governo do Estado e a Prefeitura de Campo Grande não têm levantamento da adesão.

Conforme a assessoria de imprensa da SED (Secretaria Estadual de Educação), ainda não é possível saber o número de unidades fechadas. No Estado, o piso salarial dos professores é de R$ 2.711,01, portanto, acima do piso nacional, que estabelece R$ 1.567 por 40 horas. A rede estadual tem 360 escolas, 18 mil professores e 280 mil alunos.

Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura de Campo Grande, a Semed (Secretaria Municipal de Educação) não tem levantamento das escolas que paralisaram. No entanto, enfatiza que os alunos não terão prejuízos, pois o dia será resposto. Cada escola tem autonomia para escolher a data para reposição.

Conforme o presidente da Fetems, Roberto Botarelli, serão realizadas audiências públicas em diversas cidades e, no período a tarde, reunião na Assembleia Legislativa. No Estado, a cobrança é para que 39 municípios passem a cumprir a Lei do Piso, adotada pelas outras 40 cidades. Já a destinação de um terço da carga horária para elaboração de aulas é cumprido por 33 dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul. 

Na rede municipal de Campo Grande, que tem 5.500 professores, a ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) quer o cumprimento da Lei do Piso e a implantação de 50% das escolas em tempo integral até 2016. Atualmente, são apenas três das 96 escolas da rede municipal.