Muitas pessoas tem dificuldades para alimentar os filhos pequenos. Forçar a criança, a comer pode levar a problemas psicológicos e até à depressão. Uma pesquisa da Universidade Federal Paulista (Unifesp) revelou que 51% das mães confirmaram que tem filhos pequenos com dificuldade para se alimentar de forma saudável. Diante dessa situação problemática, o MS Record resolveu buscar soluções.
Bruna, de dois anos é saudável, inteligente, super ativa e segundo o pediatra que cuida da menina, está dentro do peso e da altura normais para a idade, mesmo assim, na hora de comer a mãe Karen Freitas Garcia Martins, tem dificuldades de alimentar a filha.
Apesar de acostumada, a mãe, não deixa de se preocupar com a dificuldade de inserir alimentos saudáveis na rotina de Bruna. “Ela é difícil ela come o que ela quer, ela come na hora que ela quer, as pessoas me perguntam se eu não me incomodo e se não tento fazer algo diferente, mas creio que a criança tem que comer o que tem em casa, o que eu e o pai dela come”, explica Karen.
Ela espera que com a ida da filha para a escolinha, surja a curiosidade de bruna por frutas e verduras. “Agora ela vai entrar na escolinha e acredito que com outras crianças, ela não vai poder mamar e então vai aprender a comer com as outras crianças”, diz a mãe.
Para a nutricionista, Fernanda Sanchez Molina Tosi, os pais não podem deixar que sentimentos, como o de culpa por passar pouco tempo com os filhos, por conta do trabalho, os impeçam de serem firmes na educação alimentar. Ela dá algumas dicas e estratégias para driblar a resistência dos pequenos.
“O ambiente que você está com seu filho tem que ser um ambiente prazeroso, tanto para os pais, quanto para as crianças, então vale a pena a família se encontrar tanto na hora do almoço, quanto na hora do jantar, fazer uma refeição calma, sentados a mesa, de preferência sem televisão ligada, derrepente fazer um prato colorido para o seu filho colocar todos os grupos alimentares, estimular uma brincadeira, isso vai fazer com que a criança tenha uma maior aceitação do alimento, mas também tem aquelas que têm aversão total a legumes, a frutas, vale à pena mudar a textura do alimento, exemplo se o filho não come cenoura, bate cenoura no suco, fala para o filho que o suco ficou laranja, não vai ter gosto e ele vai se alimentar de uma forma correta”, explica a nutricionista.
A pesquisa da Unifesp ainda dá dicas importantes para que a vontade dos pais de promover a correta educação alimentar, dos filhos seja bem-sucedida. Ao invés de criar traumas pela imposição, que segundo a pesquisa, servem apenas para gerar a rejeição e a aversão pelos alimentos: evite distrações. Alimente para encorajar o apetite. Limite o tempo de refeição. Sirva alimentos apropriados à idade da criança. Introduza novos alimentos gradualmente. Estimule a criança a comer independentemente. Ela deve, por exemplo, usar a própria colher e seja tolerante com a bagunça comum da idade na hora de comer. (Com colaboração Silvio Ferreira TV MS Record)