Comércio de Dourados ameça fechar dia 28

Sindicalistas durante coletiva à imprensa

Sindicatos ligados ao comércio de Dourados estão mobilizando empresários para o fechamento de lojas no próximo dia 28, por duas horas. O objetivo é protestar contra medidas anunciadas pelo Governo Temer, como a Reforma da Previdência, a Reforma Trabalhista e a Lei da Terceirização. Ontem, entidades como o Sindicato do Comércio Atacadista e Varejista de Dourados (Sindicom), Sindicato dos Empregados no Comércio de Dourados (Secod), Sindicato Rural e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-Dourados) se reuniram para tratar sobre a paralisação.

De acordo com o presidente do Sindicom, Valter Castro, o ato em Dourados acompanha o movimento nacional. Para ele, os feriados prolongados recentes podem influenciar na adesão dos comerciantes. “Nem todos vão fechar as portas, mas aqueles que puderem, estarão dando uma grande contribuição ao País”, destacou.

Em todo Brasil haverá atos de repúdio às propostas do governo. O próximo dia 28, data de uma paralisação nacional, “vai ser um verdadeiro termômetro de nossa resistência de barrar essa reforma draconiana da Previdência”, avalia o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos. O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, disse que a expectativa é de realizar uma das maiores greves gerais da história do país. “A gente acredita que será mais forte que o dia 15”, comentou o presidente da Nova Central em São Paulo, Luiz Gonçalves, o Luizinho, referindo-se ao Dia nacional de paralisação realizado em 15 de março. “O pessoal saiu convencido que tem de trabalhar forte para fazer um 28 de abril poderoso”.

Educação

A Federação dos Trabalhados de Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems) também confirmou a paralisação para o dia 28. No próximo dia 19, a Federação se reúne com os 73 representantes sindicais do Estado para definir atividades da data. A expectativa é de que o movimento se concentre nas capitais.

Transportes

Os sindicatos e federações dos setores aéreo (aeroviários e aeroportuários), rodoviário/condutores, portuário, metroviário e agentes de trânsito filiados à CNTTL/CUT de várias regiões do país decidiram, no último dia 10., que também farão parte do movimento do dia 28.

O presidente da CNTTL, Paulo João Eustasia, o Paulinho da CUT, está otimista com a mobilização do dia 28. “Essa greve geral vai marcar a história do nosso país por conta da unificação de todas as centrais. Temos que estancar essa devastação feita pelo governo golpista contra os trabalhadores. Eu nunca vi antes na história do transporte essa unidade e a determinação para fazer essa mobilização. O empenho de todas as categorias será fundamental. Não podemos falhar, todos devem articular suas bases para essa importante luta”, alerta Paulinho.

Valéria Araújo