Com poucas baixas em trocas, PMDB confirma Nelsinho como candidato

Neste sábado (5), último dia para trocas partidárias de quem pretende ser candidato nas eleições de 2014, o PMDB contabiliza algumas adesões regionais importantes, poucas perdas e confirma Nelsinho Trad como nome do partido para disputar a sucessão do governador André Puccinelli. Este é o principal significado político do encontro regional que está acontecendo nesta manhã na Câmara de Rio Brilhante, na retomada do ciclo de eventos que estava suspensa há dois meses.

O último encontro regional do PMDB tinha acontecido em julho no município de Amambai. Depois dele se intensificaram as negociações no partido para definição do candidato a governador, em meio às conversações de Nelsinho Trad com o PSB nacional. No final de agosto, o próprio Nelsinho admitia publicamente a possibilidade de ingressar na legenda socialista. A fim de evitar a saída de Nelsinho, as lideranças do PMDB, inclusive o governador André Puccinelli, confirmaram dia 30 de agosto o nome dele como pré-candidato a governador.

Com o anúncio, em setembro Nelsinho já saiu a campo atrás de adesões para seu projeto político, já tendo conversado com dirigentes do PSDB, PSD, PT do B e PDT em busca de alianças eleitorais. Neste começo de outubro, com o prazo final das trocas partidárias, surgiram novos boatos de que ele poderia deixar o PMDB, mas ele reafirmou sua intenção de continuar no partido para ser o candidato a governador.

“Estamos traquilos. Cuidamos para não perder companheiros. Se tem alguns que saíram foi para acomodar a situação”, comemorou o presidente regional do PMDB, Oswaldo Mochi Júnior nesta manhã de sábado, em Rio Brilhante, ao lado de Nelsinho Trad e outras lideranças peemedebistas, algumas delas também assediadas por outros partidos, como o deputado federal Marçal Filho, que acabou recusando o convite para ingressar no Solidariedade (SDD).

No PSB também já não há quem acredite na possibilidade de Nelsinho Trad reforçar o projeto do governador pernambucano Eduardo Campos de disputar a Presidência da República no ano que vem. “Nelsinho já tem dificuldades eleitorais ficando no PMDB. Se sair, as chances ficam praticamente nulas”, opinou o deputado socialista, que está de malas prontas para ingressar no PROS.

Para Lauro Davi, no PSB Nelsinho até teria palanque nacional, com a candidatura presidencial de Eduardo Campos, mas não teria estrutura de partido e coligações necessárias para viabilizar a disputa pelo governo do Estado contra a forte candidatura do senador Delcídio do Amaral (PT). “Ficaria difícil ter sucesso eleetioral. Se quiser ser candidato com expectativa de ter boa votação tem de disputar o governo pelo PMDB”, analisou.

Novas adesões – O presidente regional do PMDB, deputado Mochi Júnior, como é mais conhecido, informou esta manhã que o partido está ganhando “alguns nomes regionais” de peso para disputar as eleições do ano que vem. Não quis, porém, revelar os nomes, a fim de não abrir chances de assédio de outros partidos, já que o prazo para encerramento do período de trocas partidárias só termina no final do dia de hoje.

Segundo Mochi, a proposta do PMDB é construir fortes chapas para a Assembleia Legislativa e a Câmara Federal. “Numa chapa coligada com o PR pretendemos ter 30 nomes, sendo que pelo menos vinte nossos do PMDB”, revelou. “Para deputado federal, pensamos em um chapão entre todos os partidos que venham coligar conosco, com 15 a 20 nomes”, finalizou.