Com pedido do auxílio negado ou em análise, trabalhadores continuam formando filas na Caixa

Trabalhadores procuram agências em busca de respostas

O calendário de pagamentos da primeira parcela do auxílio emergencial de R$ 600 já foi encerrado, mas muitos trabalhadores ainda comparecem às agências da Caixa em busca de uma resposta. Com pedidos negados ou ainda em análises, trabalhadores informais e desempregados contam com o benefício para colocar comida na mesa.

Com pedido do auxílio negado ou em análise, trabalhadores continuam formando filas na Caixa
Ana teve o pedido negado. (Foto: Ranziel de Oliveira)

Apesar da procura, as filas nas agências da Caixa estão menores nesta segunda-feira (11). Ana Cristina, de 38 anos, compareceu à agência da Bandeirantes na esperança de receber o benefício. Ela era faxineira e, se antes trabalhava para quatro famílias, durante a pandemia presta serviços em apenas uma casa. 

“É a segunda vez que venho aqui. Não fui aprovada porque sou pensionista do meu marido falecido. Sou sozinha e crio quatro crianças, só a pensão não dá”, lamenta. 

Walter Ferreira, de 42 anos, está há três semanas em análise no aplicativo da Caixa. Ele conta que se cadastrou, mas ainda não obteve resposta. Na agência da Caixa, funcionários o orientaram conferir o processo no site e aguardar. 

Com pedido do auxílio negado ou em análise, trabalhadores continuam formando filas na Caixa
Walter precisa do benefício para comprar comida. (Foto: Ranziel de Oliveira)

“Fico sem saber o que fazer. Fui demitido e preciso do dinheiro para comprar rango”, lamenta. 

Georgia Rodrigues, de 39 anos, também estava na agência da Bandeirantes e explica que tenta há um mês receber o benefício. É a terceira vez que comparece à agência, mas a única alternativa é esperar, já que o pedido continua em análise. 

“Sou faxineira e minha renda diminuiu muito por causa da pandemia. Os clientes eram idosos e com a pandemia as famílias não procuram mais”.

Pedidos em análise

Primeiro, é preciso tentar entender por que o pedido pode ser negado. A Caixa Econômica Federal pode negar o benefício nos seguintes casos: menor de 18 anos; empregado com carteira assinada; está recebendo o seguro desemprego; recebe outros benefícios como o BPC (Benefício de Prestação Continuada) ou auxílio doença; ser de uma família com renda per capita maior do que R$ 522,50 ou ter uma renda total na família maior do que R$3.135); ter tido rendimentos tributáveis em 2018 acima de R$ 28.559,70; ser casada e ter se cadastrado como mãe solteira; mais de duas pessoas da família já terem feito o cadastro; cadastro com CPF irregular; cadastro de pessoa falecida.

Outros motivos que podem levar a uma demora na análise, como erros na hora de preencher o formulário. Erros podem implicar demora ou fazer com que a resposta seja de “dados inconclusivos”. Confira o que fazer se o pedido continua em análise.

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