Bebê sobrevive ao ser resgatado sem vida oito minutos depois de cair em piscina

No seu primeiro ano de vida, José Antônio Prando Damasceno caiu na piscina e ficou oito minutos boiando. O bebê foi resgatado pela mãe e encaminhado ao hospital da cidade, onde “ressuscitou” através das mãos de duas enfermeiras.

O fato aconteceu na área central de Sidrolândia, município distante 70 quilômetros de Campo Grande. Na manhã do dia 31 de dezembro de 2016, Dhienyfer Prando, de 19 anos, saiu com a avó do bebê e deixou a criança com o avô (materno).

“Fui ao mercado com minha mãe, ele [José Antônio] ficou com meu pai e com o pessoal que estava em casa. Ele ficou brincando na sala, a porta de vidro que fica no fundo e dá acesso a piscina, estava fechada. Ele levantou, abriu a porta e foi buscar as bolinhas coloridas que estavam dentro da piscina”, relatou a jovem mãe .

Conforme Dhienyfer, ao chegar da rua foi logo perguntando pelo filho. “Quando vi e ele estava na piscina boiando. Pulei e peguei ele. Ele já estava roxo, gelado e sem batimento cardíaco. Daí já não me lembro de mais nada”, contou.

Após ser retirado da água sem vida, o pai da jovem fez os primeiros socorros em casa mesmo. “Meu filho não regia. Então pegamos o carro e levamos para hospital de Sidrolândia – Sociedade Beneficente Elmira Silvério Barbosa . Lá, escutei os médicos falarem que ele já não tinha mais batimento”, explicou.

Porém, duas enfermeiras que estavam de plantão naquele dia e naquele horário atenderam a ocorrência e não desistiram de tentar trazer o bebê de volta a vida. “Elas não desistiram, ficaram reanimando ele e, depois de 10 minutos, ele chorou”, contou a mãe emocionada.

Dhienyfer e José Antônio

Logo depois do choro, José Antônio sofreu a primeira crise de convulsão. “Depois de tudo isso, ela [enfermeira], chorando, me chamou dentro da sala e falou que não queria parar de tentar reanimá-lo porque o instinto materno tocou nela naquele momento”, pontuou.

Vivo e no oxigênio o bebê foi encaminhado como vaga zero para a Santa Casa de Campo Grande. Chegando no hospital ele teve a segunda convulsão, foi entubado e internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI).

Como José Antônio permaneceu mais de oito minutos na piscina, o medo era de que ficassem sequelas. “Nesse momento a médica chamou eu e meu pai e disse que naquela noite ele tinha que reagir, senão ele ficaria com sequelas. Em menos de 15h o hospital me ligou”. Eram por volta de 3h quando Dhienyfer recebeu a ligação do hospital dizendo que o filho havia acordado e chamado pela mãe.

“Eu estava em Sidrolândia e perguntei se eu podia ir ficar com ele, mas me disseram que não, que eu só podia ir de manhã. Quando cheguei lá ele já estava sedado, mas de tarde ele já saiu do tubo e foi para enfermaria, onde permanece até hoje”, frisou a mãe.

Diante do susto e da situação trágica que terminou com final feliz, os médicos disseram que nunca haviam presenciado algo parecido. “Falaram que tinha acontecido um milagre”. Hoje, fora de risco, o bebê leva vida normal, mas segue internado na enfermaria até o final da semana para receber medicamentos necessários.

Exames como eletrocardiograma e tomografia apontaram que a criança não ficou com sequelas. Com um ano e 11 dias, José Antônio começou o novo ano renovando a esperança em cada um de seus familiares.

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