ADEUS, AMIGO JIPE: O BELA-VISTENSE COM TRAÇÃO NOS BONS SENTIMENTOS

A segunda-feira que amanheceu com sorrisos de chuva na fronteira, logo nos molhou também de lágrimas intempestivas com a partida de um ilustre filho de Bela Vista: Jipe; o bela-vistense que apesar de seus 60 anos, escancarava uma alegria e bom humor característicos de um guri descalço, que por vezes se escondia na seriedade do José Alberto Silva Pereira. A Princesa do Apa ainda chora!

Jipe era um tempero de positividade, sempre nos servia uma palavra doce. Ele produzia alegria em grande escala, um verdadeiro bela-vistense com tração de bons sentimentos. E já nos faz falta! Dos meus cerca de 20 anos morando fora, nossa Princesa do Apa sempre tratou de nos deixar próximos. Era um comentário de um texto aqui, uma mensagem destacando nossa história e grandeza fronteiriça ali. Ou até uma matéria sobre sua excelência em temperos e charques.

Ele temperava alguns dos meus textos e eu, algumas vezes, textualizei seus temperos. Ambos filhos de professoras (amigas de décadas), nossas mães também nos uniam em conversas. A minha partiu há quase dez anos. E agora, também muito novo, Jipe se foi! Em mim fica o privilégio de tê-lo tido como amigo, dividirmos saudosismos bela-vistenses e a alegria e satisfação de amarmos a mesma fronteira!

Descanse em paz, amigo! Bela Vista já sente sua falta!

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